Sobre a bailarina:

"Dançar é explorar sua mente; expressar através do corpo seus sentimentos. Então, dance! Se entregue ao som e deixe que sua alma se manifeste."

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Origens da Dança do Ventre - Parte I

Meninas ... feliz ano novo!
Primeira matéria de 2012 ...
Arrasaremos este ano, heim ! Quero ver todo mundo balançando esses quadrís nuns shimmies loucos! Hehehe!
E, para começar com o pé direito, lá vai a história da Dança do Ventre ...Já me disseram tantas barbaridades sobre ela, que resolvi esclarece-lá aqui, e com devida referência: artigo escrito por Lulu Sabongi... Tá bom, né?
Resolvi parti-lo pois ele é muito longo, mas logo mais ele está completinho ... vou imitar a Sherazade ... Espero que gostem da matéria... e que as pessoas conheçam essa história tão incrível!









Dançar é a mais antiga forma de expressão espiritual e todas as outras "artes" que conhecemos (tais como teatro) desenvolveram-se a partir dela.
Devido seus conhecimentos e sua mágica e direta ligação com a vida, as mulheres tornaram-se guias e posteriormente sacerdotizas e representantes terrenas das Deusas . Através da linha sucessória da mães e filhas, sem aparente fim, as mulheres  eram as mensageiras terrestres quue carregavam o mistério da vida dentro de si, dentro do ventre.
Vivendo em comunhão com a natureza, as mulheres  possuiam alta compreensão das mudanças de seus corpos: sabiam quando ovulavam e quais sinais que antecediam as fases reprodutivas.
Numa cultura em que a procriação significava sobrevivência  e a conexão entre a sexualidade, ciclo reprodutivo e nascimento era parte do cotidiano, a lua tinha seu papel: simbolizar o ciclo da vida, o que explica a Deusa da fertilidade ser lunar. A lua é a origem do Sagrado Feminino.
Essa Deusa recebeu inúmeros nomes ...
  •  Oriente Médio: Ishtar, Innana, Iramat, Astarte;
  • Egito: Ísis, Neith, Hathor, Maat;
  • Grécia: Demeter, Hera, Artemis, Afrodite, Perséfone, Hécate, Europa;
  • Roma: Juno, Diana;
  • Extremo Oriente: Shakti, Aditi, Durga (Índia), Iara(Tibete), Kivan Yin (China), Kannon (Japão). 

A constatação do fato de que as fases lunares abarcavam o período de fertilidade feminina, foi estabelecida uma divisão do tempo baseada na movimentação lunar. Já foram encontrados calendários lunares entre 40.000 a 8.000 a.C., ilustrado por um pequeno traço, para um dia de sol normal, e um longo traço, para a lua cheia ou nova. Todavia , existem desenhos em antigas cavernas que ilustram uma Deusa lunar rodeada de luas crescentes, um traço fino para lua nova, três para a lua  cheia e para o dia seguinte. Entre uma lua cheia ou nova, até a próxima, havia 29 dias e noites, e 12 meses lunares completavam um ano.
Descobriu-se também que durante as noites de verão (Lua Cheia), os campos eram cobertos por orvalho e a pele humana  era mais hidratada. Essas condições proporcionavam  mais nascimentose assim, a propagação da vida.
O ciclo feminino foi aceito por ser regrado pela lua. Foram ancontrados calendários diários, ligados ao ciclo reprodutivo feminino, com data anterior a 30.000 anos a.C., que marcavam dias propicios para a concepção e número de meses lunares até o nascimento do bebê.


















Revista Pratique! Dança do Ventre
Ed. 1 Editora Case
Escrito por: Lulu Sabongi
Adaptação: Karen Bueno
http://renatasalgado.blogspot.com/2011/07/menina-dos-cabelos-negros.html

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